ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
• O que são animais peçonhentos?
Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica e apresentam um aparelho especializado para inoculação desta substância que é o veneno, possuem glândulas que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente.
Ex: serpentes, aranhas, escorpiões arraias.
Ofídios ( Serpentes)
Principais características de uma serpente peçonhenta:
-presença de fosseta loreal
-presença de guizo ou chocalho
-presença de anéis coloridos (vermelho, amarelo, preto, branco ou amarelo)
O que é fosseta loreal: órgão termossensorial situado entre os olhos e a narina, permitindo a serpente detectar variações mínimas de temperatura ambiente.
Os grupos mais importante (Serpentes):Bothrops--->Jararaca, urutu, cruzeira, cotiara, jararacuçu etc. Possuem fosseta loreal ou lacrimal.
Agressiva, são responsáveis por 70% dos acidentes ofídicos. Seu veneno tem ação proteolítica, coagulante e hemorragica.
Podem haver manifestações locais ( edema, eritema, dor...) de instalação precoce é de caráter evolutivo, com aparecimento de equimose, bolhas sangramento local e necrose. Causam náuseas, vômitos, sudorese, hipotermia, hipotensão arterial, choque, hemorragia a distancia (epistaxes, sangramento gengival, digestivo, hematúria) e insuficiência renal aguda.
Medidas:
O único tratamento específico é a administração do soro antibotrópico.
Esses animais vivem em locais úmido e atinge de 40cm a 2m
Bothrops alternatus - Urutu
Bothrops itapetiningae - Jararaquinha
Bothrops moojeni - Jararaca do Brejo
Bothrops pauloensis - Jararaca pintada Crotalus--->
Grupo das cascavéis. Sua característica mais importante é a presença de guizo ou
chocalho na ponta da cauda. Possuem fosseta loreal. Atinge a idade adulta em 1,6
metros. Habitam lugares secos, regiões pedregosas e pastos, não sendo encontrada
em regiões litorâneas. Seu veneno possui ação neurotóxica, miotóxica (lesão da musculatura
esquelética) e coagulante: Manifestações: Edema e parestesia(formigamento) discreta e pouca dor. Manifestação sistêmica: cefaléia, náuse, prostração(falta de força e
ânimo), diplopia(visão dupla), visão turva, midríase, ptose palpebral (queda da
pálpebra), dificuldade para deglutir, mialgias (dores musculares) e urina
escura. Tratamento: O mesmo da Bothrops mais SAC (soro antibotópico-crotálico) Exemplos:
Crotalus durissus- cascavel
Micrurus----> Grupo das corais verdadeiras. São serpentes peçonhentas que não possuem fosseta loreal (exceção) nem aparelho inoculador de veneno tão eficiente quanto o de jararacas e cascavéis. O veneno é inoculado através de pequenos dentes fixos.
Padrão de cor: vermelho (ou alaranjado) branco (ou amarelo) e preto.
Habitam buracos. Seu veneno causa parada respiratória. Possuindo alta toxicidade neurotóxica e miotóxica.
Tratamento: o mesmo dos já citados e soro antielapídeo endovenosa.
Exemplos:
Micrurus - coral verdadeira
Aranha Marrom (Loxosceles)
Aranha Marrom Amazônica.
Pequena (4 cm), pouco agressiva, hábitos noturnos, encontrada em pilhas de tijolos, telhas e no interior de residências, atrás de móveis e etc.
A picada geralmente ocorre quando a aranha é comprimida contra o corpo. Não produz dor imediata. A evolução é mais freqüente para forma "cutânea", passando a eritrema ( vermelhidão), edema duro e dor local (6 a 12hs).
Entre as 24 e 36 horas aparecem febre, cefaléia, náuseas, vômito e urina escura, anúria(falta de secreção urinária) e insuficiência renal.
Tratamento: anti-sepsia, curativo local, compressas frias e soroterapia.
Ferimento causado por uma Aranha Marrom
Aranha Armadeira (Phoneutria)
Aranha Armadeira
Muito agressiva, encontrada em bananeiras, folhagens, entre madeiras e pedras empilhadas e atingem 12cm.
Sua picada causam dor local e intensa, podendo irradiar para a raiz do membro. Ocorrem eritema, parestesia e sudorese no local da picada.
Tratamento suportivo e sintomático; nos casos mais grave, está indicado a soroterapia.
Tarântula (Scaptocosa lycosa)
Podem também ter o nome de: aranha-de-grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo
Causa acidentes leves sem necessidade de tratamento específico.
sintomas: Geralmente sem sintomas, pode haver pequena dor local com possibilidade de evoluir para necrose.
Tratamento: analgésico
Caranguejeiras (Mygalomorphae)
Aranha grande, peluda, agressiva e de hábito noturnos; encontrada em quintais, terrenos baldios e residências
Quando ameaçada e manipulada, esfrega suas patas posteriores no abdome e lança pêlos com farpas em grande quantidade ao seu redor, provocando irritação na pele e alergia.
Possuem ferrões grande causando grande dor.
Tratamento: anti-histamínicos via oral
Existe a comprovação da existência dos escorpiões há mais de 400 milhões de anos. Foram os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre não passando por modificações morfológicas importantes. No corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdômen), estão localizados os 4 pares de pernas. O órgão inoculador de veneno denominado “telson” localiza-se num segmento após o abdômen.
Tityus stigmurus
Existem diversas espécies, mas somente o gênero Tityus tem interesse médico. Duas espécie merece maior atenção: T. serrulatus (amarelo) e T. bahiensis (marrom). O Escorpião amarelo (T. serrulatus) é o mais grave.
A Vítima apresenta dor local de intensidade variada.
Manifestação sistemica: sudorese, lacrimejamento, tremores, esparmos muscular, priapismo, pulso lento e hipotensão.
Tityus Bahiensis
Tityus serrulatus
As lagartas, também chamadas de taturanas, são larvas de mariposas, medem cerca de 7cm e possuem corpo revestido de espinhos urticantes que contém poderosa toxina. Sua cor é marrom-esverdeada ou marrom amarelada, com listras.
Também conhecidas como lagartas de fogo e oruga, vive durante o dia agrupada nos troncos de árvores.
A vítima pode apresentar dor local em queimação, seguida de vermelhidão e edema.
Sintomas: cefaléia, náuseas, e vômitos, artralgias. Após 72 horas podem aparecer hemorragias, como manchas pelo corpo, sangramento gengivais, pelo nariz e por ferimentos recentes
Tratamento: suportivo e sintomático.
fontes de consultas: Trauma (ed. atheneu), Site Butantan
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